domingo, 23 de junho de 2013

Boat Sea Bass em Nagoya

Depois de vários anos pescando de Okkapari(pesca realizada na costa ou barranco), consegui programar uma pescaria embarcada nos arredores de Nagoya.
Nove horas da noite e a turma estava reunida e pronto pro embarque.
Seidi, Suzuki, Eliano(barqueiro) e eu.

Suzuki(esquerda) e Seidi com seu troféu

O ponto de partida foi em Chita, em um local estrategicamente bem posicionado, que possibilita a subida até o porto de Nagoya ou mais próximo do mar aberto.
A lua cheia, com a presença de poucas nuvens e o mar levemente agitado, davam sinal de como seria nossa noite.
Pescar embarcado é realmente diferente.
Não existe um ponto fixo.
Basicamente, são feitos alguns arremessos e se houver ação, persiste neste ponto, senão, parti-se para outro.
E foi assim que encontramos os primeiros robalos.
Na quarta parada, Seidi deu o primeiro arremesso e segundos depois a fisgada.
Corre, salta, toma linha.
É um show que o robalo dá quando salta.
Mas chegando perto do barco, escapou.
Novo arremesso.
Nova fisgada.
Novo salto.
Nova fuga.
Tá difícil levantar o primeiro.
Muitos arremessos depois.
Nenhuma ação.
Hora de partir para outro ponto.

Polvo na rolling bait

Quase sempre há surpresas numa pescaria e a desta noite, quem pegou foi o Eliano.
Um tako (polvo).
Entre um ponto e outro, arremessando entre pilastras ou perto de locais iluminados conseguimos os primeiros robalos.
Seidi embarcou o primeiro e foi de bom tamanho.
Fizemos a medição assim que desembarcamos.


Belo exemplar.
Desde as ultimas pescarias que fiz embarcado anos atrás, parece que o gosto dos peixes não mudaram muito.
As iscas B'Freeze (Lucky Craft) e Rolling bait (Tacle House) continuam sendo as mais produtivas.
Pelo menos na noite de hoje.
Testei vários tipos, de variadas marcas e outras feitas por mim.
Nenhum delas conseguiu atrair os peixes como as citadas acima.
É claro que há dias em que os robalos estão super ativos e atacam de tudo, porém hoje, eles estavam bem manhosos e ter uma isca bem atrativa é o único jeito de garantir algumas ações.
As B'freeze deram um show e contribuíram bastante para a diversão de todos.



Com a água bem turva, a cor das iscas influenciaram muito.
Branco com a cabeça vermelha foi o que proporcionou mais ações.
Eu usei uma com a cabeça cor-de-rosa que também foi muito eficiente.



Um detalhe muito importante sobre o manuseio dos peixes é em relação a retirada do anzol.
Um alicate de contenção (pegador de peixe) para segurar o peixe e um alicate de bico para retirar a garateia  são essenciais para uma pesca segura.

Eliano, o barqueiro, também garantiu o seu.

Com a orientação do barqueiro, a cada local que íamos, era necessário ficarmos atentos a rebojos ou a circulação de alevinos ou camarões, que indicariam a presença dos robalos, evitando ficar circulando a deriva.
Só pelo fato de subirmos no barco e passearmos já torna este tipo de pescaria diferente.
E pescar embarcado, nem sempre é garantia de peixe.
Já fui a pescarias embarcadas e voltei sem nenhum peixe.
Mas na de hoje, todos garantiram os seus e foram bons exemplares.
Isto sem contar com os que escaparam, deixando no nosso subconsciente a dúvida sobre o tamanho exato da emoção.


Um ultimo detalhe a ser mencionado, é o posicionamento correto das pessoas dentro do barco para fazer os arremessos.
E de preferência numa ordem.
As dimensões do barco vão mostrar qual o melhor posicionamento.
Enquanto um arremessa, outro espera um pouco para dar seu arremesso, evitando linhas cruzadas que podem atrapalhar a pescaria e perder minutos importantes.
Há também a necessidade de olhar para trás, verificando se a isca não enroscará em ninguém ou em algo durante o inicio do arremesso, o que pode ocasionar um acidente.
Entre um arremesso e outro, com rebojos debaixo das luzes, a ansiedade e a tensão a flor da pele, deixamos  a consciência de lado e queremos a todo custo aproveitar o momento e pegar um peixe. 
É nesta hora de descuido que pode acontecer um acidente.
Foi assim que minha isca quase ficou grudada na orelha do Seidi.
Por pura sorte, as costas da isca e não as garateias acertaram a cabeça dele.
E aqui novamente peço desculpas pelo incidente não só a ele como a todos do barco, pois, poderia naquele momento ter acabado com a nossa pescaria.
Então fica ai uma dica super importante para os novatos e inexperientes como eu, que, quando se aventurarem em uma pescaria embarcada, deem prioridade a segurança, sua e de seus parceiros, ao invés dos grandes peixes, que, com certeza virão.

Para entrar em contato com o Eliano, o barqueiro, o e-mail dele é bobsapo@i.softbank.jp.








quarta-feira, 12 de junho de 2013

Darts em Toyokawa

Ontem e hoje pela manhã, fui até Toyokawa Rinkai Kouen (também conhecido como Toyokawa Jooka Center)  atrás dos sabas.
Cheguei com o sol espalhando seus primeiros raios.
Alguns rebojos esporádicos indicavam ação de predadores na área.
Bom sinal.
Utilizando um equipamento ultralight iniciei os arremessos com um metal jig de 7 gramas, deixando a isca afundar e depois ia recolhendo com leves toques na ponta da vara.
Logo no primeiro arremesso um robalinho.


Robalo, 11/06/2013. 04h51.
Isca: Metal jig 7 gramas

O robalinho media uns 10 centímetros e mesmo pequeno assim, atacou meu jig sem medo.
É o instinto predador que corre em suas veias.
Os rebojos continuavam e por vezes indicavam a presença de predadores de bom tamanho.
Mesmo assim, só consegui fisgar robalinhos.
Nenhum acima de 15 centímetros.


Darts, 11/06/2013.
Isca: Metal jig 7 gramas.

Um senhor que pescava próximo a mim, comentou comigo que no dia anterior apareceram Darts.
Darts é um peixe cumprido, parecido com a agulhinha, porém pode atingir mais de 80 centímetros e possui uma dentição muito afiada, o que requer cuidado quando for retirar o anzol.


Darts, 11/06/2013. 06h23.
Isca: Metal jig 7 gramas.

Bastou esta informação para deduzir que os fortes rebojos que aconteciam eram consequência dos Darts.
Resolvi então mudar o jeito de trabalhar o jig.
Após arremessar, comecei a recolher rapidamente e com leves toques na ponta da vara, fazendo a isca vir na superfície, realizando movimentos parecidos com as iscas do tipo Pencil.
Agindo assim, pareceu irritar os Darts.
Era possível vê-los correndo atrás do jig, e abocanhando logo em seguida.
E escapando.
Como possuem uma boca bem dura o anzol dificilmente consegue perfurar.
Mas foi o jeito que encontrei para atraí-los.
E deu resultado.
Alguns arremessos depois consegui fisgar um, e o senhor que estava próximo usou seu coador para me ajudar.
Depois ainda engatei mais alguns, porem não consegui tirar nenhum fora d'água.
Inclusive hoje pela manhã novamente tentei a sorte.
Engatei uns quatro, mas nenhum quis tirar uma foto comigo.


segunda-feira, 10 de junho de 2013

Nagoya Sea bass

Uma das coisas que mais gosto de fazer é sem dúvida variar os locais onde pescar.
Algumas vezes a inspiração vem de programas de pesca, leitura em revistas e magazines ou mesmo vendo o Youtube.
Ontem combinei com o amigo Mineiro, pescador de longa data, a darmos umas voltas por Nagoya.
Domingo a noite, o número de pescadores sugeria ser pequeno.
Mas nem sempre é assim.
Ainda mais no porto de Nagoya.
A pesca é realmente um hobby que atrai muitos fãs.
De todas as idades, sem discriminação de sexo.
Um lazer que se estende a família inteira.
Na primeira parada, o vento forte prejudicou um pouco nossa pescaria.
Após uma hora, a primeira ação.
Utilizando a Drift pencile 90(Eclipse), trabalhei com full cast ou seja, arremessos longos.
A isca vem bailando alguns centímetros abaixo da superfície, sendo um atrativo enorme aos predadores.
O tranco.
A fisgada.
A tomada de linha.
Um salto.
E lá se foi meu peixe.
Mais uma hora e nenhuma ação.
Consultei o parceiro e resolvemos mudar de ponto.


Robalo, 10/06/2013. 03h29.
Isca: Hardcore Lipless

Muitas vezes, o sucesso da pescaria vai depender de encontrar a altura certa em que os peixes se encontram.
Ainda mais em locais fundos.
Sempre começo por baixo, com a rolling bait ou a range viber.
Se não houver ação, vou trocando as iscas, estudando o ponto onde acha-los.
E o dia foi da Hardcore que vem alguns centímetros abaixo da superfície.


Robalo, 10/06/2013. 03h33.
Isca: Hardcore Lipless

Apesar de serem pequenos robalos, a diversão foi garantida.
Os robalos menores são mais ágeis e acabam atacando primeiro a isca, gerando ações o tempo todo.


Robalo no porto de Nagoya.

Em determinados momentos, a isca parece que fica manjada e os peixes perdem o interesse por ela.
É hora de trocar de isca.
Com a certeza que os peixes estão se alimentando próximos a superfície, optei por uma sinking pencil.
E logo no primeiro arremesso, nosso pequeno astro reapareceu.
Pescar é imprevisível.
Nas duas primeira horas somente uma ação.
Nas duas seguintes ações constantes.
A combinação de fatores contribui para isso.
A movimentação da maré, a concentração de alimentos, a sorte e como dizia o meu amigo Aguinaldo, estar no lugar certo na hora certa.

Robalo, 10/06/2013. 04h00.
Isca: Artificial artesanal

A pescaria de hoje foi divertida.
As horas voaram.
Tanto que o dia chegou e nem percebemos.
O ultimo arremesso é sempre aquele que depositamos todas as emoções, expectativas e esperanças de fechar o dia com chave de ouro.
Ainda mais num dia tão favorável como o de hoje.
E foi nele que o tranco foi forte.
A fisgada em igual intensidade.
A corrida.
A tomada de linha.
A fricção cantando aquela melodia gostosa.
E o salto.
Salto? 
É mesmo... fiquei esperando um salto e nada.
Mas a briga tava boa.
Muito boa por sinal.
Deve ser grande, por isso a ausência do salto.
Parceiro assistia a cena e o seu ultimo arremesso acabou virando vários.
Até que o peixe enfim se cansou.
E se confirmou um recorde pessoal.

Tainha, 10/06/2013. 04h57.
Isca: Artificial artesanal

Não me recordo de ter pego uma tainha tão grande assim e este ano foi a melhor briga.
E no ultimo arremesso, nada melhor para fechar o dia como o de hoje.