O primeiro Hirame!!!

Assistindo a alguns programas de pesca do Brasil, notei a preferência de muitos pescadores de artificiais pela iscas do tipo Stick.

É um tipo de isca que quando parada, fica com a cabeça fora da água e que, com pequenos toques na ponta da vara afundam e realizam movimentos erráticos, imitando um peixe ferido, atraindo assim os predadores.

Em uma breve busca por iscas do tipo stick aqui no Japão, não encontrei nenhuma que se enquadrasse neste modelo.

Alguns podem dizer - Ah, tem as pencil!!! - porém, as iscas do tipo pencil trabalham de forma diferente, bailando e fazendo um Z na superfície da água, diferenciando-se assim de uma stick.

Como não encontrei nada parecido, resolvi criar as minhas.

Depois de uma semana e meia terminei e fiz alguns testes preliminares.

O resultado foi este abaixo, nas cores para água doce e salgada!

Com o término do meu projeto particular, hoje pela manhã fui até o porto de Maisaka com o amigo Furuta, onde na semana passada, o Kawai-san, japonês que trabalha na mesma fabrica que eu, fisgou um hirame.

Hirame, 28/01/2014. 6h14.

Isca: Alcary + Power head G+ 9gramas (Coreman)

Ainda escuro, coloquei a rolling bait, enquanto o companheiro ia de minnow.

E foi assim até os barcos começarem a sair para o alto-mar.

Para não perder tempo, mudei de isca.

Decidi pela alcary, pois é o tipo de isca que da para trabalhar no fundo, sem interferência das ondas causadas pelos barcos.

Durante o tempo que transitaram os barcos, nada.

Mas foi o mar se acalmar, juntamente com a mare chegando ao máximo que senti o primeiro cutucão.

Novamente arremessei, esperei a isca tocar no fundo e comecei a recolher.

Tum!!!

Peguei Furuta!!!

Disse todo entusiasmado!!!

Com todo cuidado, trabalhei para não escapar!

Era um hirame, não muito grande, mas o primeiro do ano!!!

E na alcary de novo!!!

Tirei uma foto e devolvi para a água.

Demorou um bom tempo até sentir novamente um cutucão.

Me empolguei até que percebi que a isca estava mordida, faltando um pedaço.

Analisando bem, só podia ser coisa de baiacu.

Com a sua dentição forte e fome a ponto de comer de tudo, deduzi que só podia ser ele.

Um novo arremesso e tum!

A isca voltou sem um pedaço do rabo!!!

Caracas!!! Que coisa!!!

  

Para evitar estragar outra isca, fiz um rodizio de rolling e vibration.

Sem nenhuma ação, o jeito foi ir embora.

Atrás de mebaru

Hoje fui até Bentenjima atrás de mebaru ou mesmo um kasago.

Cheguei meia hora antes da maré subir totalmente.

Ótimo horário para se pescar se neste local, pois, a julgar pelo números de pescadores em plena terça-feira, acreditei ser um bom dia.

Utilizando material ultra-leve, pequenas minnows e iscas de silicone, tentei a sorte.

Robalo, 14/01/2014. 20h22.

Isca: Jig head 2,5gr + beam stick (Daiwa)

Duas horas de passaram e a maré começou a correr rápido demais, inviabilizando a pesca neste local.

Resolvi partir para o porto de Maisaka.

A presença de pescadores neste local me animou.

Antes de começar a pescar, dei uma olhada para ver que tipo de pescaria estavam fazendo e se estavam levantando alguma coisa.

Havia pescadores com iscas naturais e pescadores com artificiais.

Pude ver que alguns dos que estavam com artificiais tentavam peixes grandes, talvez robalo ou hirame, e a maioria restante,portavam materiais leves ou ultra-leves.

Assim, decidi pela maioria e levei o equipamento para mebarus.

Durante o tempo que estive por lá, não vi ninguém levantar nada, nem mesmo nas iscas naturais.

Onde estava, a maré estava correndo bem.

Mas nem um cutucão.

Resolvi tentar dentro do porto, perto dos barcos.

Arremessei, deixei afundar um pouco uma isca de silicone que o amigo Makoto me deu na pescaria de Irago, do mesmo tipo que ele fisgou um seigo la, e lentamente comecei a recolher.

No meio do caminho um batida.

Será que tem corda por aqui ou será que foi um peixe?

Arremessei novamente, esperei afundar e comecei a recolher.

Uma, duas, três voltas na manivela e tum!

Era peixe mesmo!!!

Um robalinho!!!

Equipamento compatível com o peixe, fricção zumbindo, peixe pulando!!!

Tirei uma foto com meu celular, pois havia esquecido a maquina fotográfica em casa, e rapidamente devolvi para a água, na esperança de mais ação.

Uma hora se passou e nem sinal de peixe!

Olhei no relógio do celular: 21h27.

Hora de ir embora.

Nada de mebaru hoje.

Só um robalinho.

Tentando um na água doce!

Hoje resolvi dar uma passada num lago em Toyokawa.

Estava ventando um pouco, mas, com o nível da água bem mais baixo que no verão, pesquei as margens do lago.

Pescadores de funa também tentavam a sorte e somente vi levantarem um.

Comecei com uma isca barbeluda amarelo limão.

Depois mudei para uma vibration.

Mas nada, nem um cutucão!

Procurei na minha caixa o spinner bait, uma isca que gosto de usar quando os black estão manhosos.

Porem esqueci em casa.

Nesta época não boto muita fé nas minhocas de borracha.

Fiquei tentando com um isca do tipo crank até escurecer sem nenhum sinal de peixe.

No inverno é difícil levantar um, mas não impossível, o que torna a pescaria nesta época muito interessante.

Fazendo suporte para varas (Porta-varas)

Pescar é legal, mas, como todo hobby, junta muita coisa.

As vezes, quando dá, tento organizar.

No ano passado a patroa andou reclamando das varas espalhadas, então resolvi organizá-las fazendo um porta-varas.

Para quem se interessar, aqui vai um tutorial simples e barato!

No home center, comprei duas tabuas 19x9x182cm, por 228yens cada (até semana passada estava 198yens)

Primeiramente é preciso medir, marcar e depois cortar.

Nas duas tabuas cortei da seguinte forma: 50cm+50cm+82cm

Resultaram em seis partes. 4x50cm e 2x82cm.

Separei 2 partes de 50cm para abrir furos que servirão de guia para as varas.

Fiz um risco de 3,5cm de ponta a ponta.

Depois, fiz uma marca na metade da tabua e em seguida fiz marcações a cada 6cm, resultando 9 marcas.

Ah, estava me esquecendo, depois de cortar as madeiras é preciso lixar os cantos tirando as farpas e melhorando o acabamento.

Depois de feita as marcações na tabua, é preciso abrir furos.

Comprei no 100yen Shop uma serra-copo 38mm e acoplado a uma furadeira fiz os buracos.

Este é o passo mais trabalhoso!

Talvez pelo fato de eu ter somente uma furadeira a bateria, que tive carregar duas vezes para conseguir abrir todos os furos.

Se fosse aquela elétrica com fio, acho que a historia seria outra!!!

Depois de fazer os furos, cortei a tabua no risco que havia feito de 3,5cm.

Ficou assim.

Com as tabuas cortadas e furadas agora é só montar!

Separei as duas tabuas de 82cm, que serviram de laterais.

As tabuas furadas mais estreitas, parafusei centralizadas na parte de cima a uns 7cm do topo, viradas para fora.

As duas furadas restantes, parafusei uma a 20cm do pé, para varas de cabo curto e a outra do lado oposto a 35cm para varas de cabo mais longo como as usadas em alto-mar, ambas com o furo virado para dentro.

Lembre-se que é preciso deixar um vão entre as tabuas furadas na parte de baixo, para isso, desloquei metade para fora da lateral e depois parafusei.

Por ultimo, as duas tabuas de 50cm, coloquei na parte inferior, em /\, posição que fará pressão para manter as varas em pé e servindo de base para não tombar o porta-varas.

Ficou assim.

Com capacidade para 18 varas.

Fazendo um teste! 

Aqui já esta ajeitado no meu cantinho!

Para quem preferir um mais simples para 9 varas, pode-se fazer assim.

Fiz este para um amigo.

Como eu já possuia furadeira, serrote e parafusos, gastei somente 456yens nas duas tabuas, mais 105yen da serra-copo 38mm, num total de 561yens!

Baratinho né!!!

O primeiro peixe!!!

Éhhhh!!!

Acabou o feriadão!!!

Começou o ano, foram precisos três pescarias para levantar um peixinho!

Mas pescar é assim, nem todo dia é dia de festa!

E nem toda a festa é de arrasar!

Robalo, 06/01/2014. 02h48.

Isca: Alcary+jig hed Power G 6 gramas(Coreman)

Cor: Oki tsutumi iwashi

Novamente, o Makoto e eu partimos para Nagoya.

Com o vento forte, procuramos pontos onde fosse possível pescar.

Na primeira parada, nada.

Nem um cutucão!

Robalo, 06/01/2014. 0h45.

Isca: Rolling Bait 77 (Tackle House)

Cor: Iwashi

Depois de uma hora e meia mais ou menos, resolvemos mudar de ponto!

Arremessos, variações de iscas até que o Makoto levantou um seigo na Rolling bait!

Um cardume de seigo estava passando por nós e na minha isca nada!!!

Durou uns quinze minutos e de repente surgiu uma maré trazendo muita espuma!

Os peixes sumiram e tivemos que mudar de ponto novamente.

Robalo, porto de Nagoya, pescado pelo Makoto

Fugindo das rajadas de vento, encontramos um ponto em que o estacionamento estava cheio!

Sinal de pescadores!!!

Sinal de peixes!!!

Talvez pelo vento forte, muitos optaram por este lugar.

Montamos os equipamentos e resolvemos tentar encontrar um cantinho.

Faltando uma hora para a maré terminar de baixar, apostamos todas as fichas neste curto período.

Enquanto eu tentava por cima com iscas de meia-agua como a Hardocore Lipless, meu companheiro usava iscas de fundo, como a Rolling Bait.

Quando pesco com companheiros, gosto de fazer assim.

Enquanto um tenta por baixo outro tenta por cima.

Uso uma cor e ele usa outra até encontrarmos os peixes e seus padrões.

Facilita bastante a pescaria e foi desta forma que o Makoto conseguiu um robalinho bom na Rolling bait.

Com os peixes atacando no fundo, mudei para rolling.

Robalo, 06/01/2014. 2h03.

Isca: Rolling bait 77 (Tackle House)

Cor: Iwashi

Meia hora e nada.

Resolvi usar a Alcary, uma isca de silicone.

Quando os peixes estão muito manhosos, acho ela boa para atiça-los!

Alguns arremessos e tum!

Foram precisos três pescarias para pegar o meu primeiro peixe deste ano!

Pequeno, mas foi um robalinho!

Bom, o caminho foi aberto, agora é só aproveitar!!!

Mare vermelha em Irago

Desta vez, além da companhia do Makoto, contamos com a companhia do senhor Kawai.

Em três, as nossas chances aumentam, pensei.

E, partimos rumo a Irago.

Chegamos as 21h.

Que beleza!

Sem vento!

Sem ondas!

Maré descendo!

Hoje é o dia!

Rapidamente partimos para o primeiro arremesso.

Quando a isca pousou na água, a decepção.

Aquele brilho fosforescente denunciava a presença de maré vermelha.

Os japoneses chamam de Akashio ou Yakochu.

Em poucas palavras, trata-se de um tipo de plâncton que em grande concentração brilham com o movimentar brusco da água, servindo como autodefesa, denunciando seus predadores, como os camarões, lulas e pequenos alevinos.

O maior problema, são as altas taxas de toxinas que eles soltam, afastando os peixes maiores ou mesmo deixando-os atordoados e sem muita ação.

Mas, isso não quer dizer que a mare estando desta forma, não irá pegar peixe.

O fato é que as chances caem bruscamente, porém, não é impossível.

O Makoto usando um jig head de 2 gramas acoplado com uma minhoca de silicone conseguiu tirar um robalinho!

Seigo, 03/01/2014. 23h25.

Isca: Jig head 2 gramas+worm (Gekkabijin beam stick/Daiwa)

2014 - Atrás do primeiro peixe

Feliz Ano Novo a Todos!!!

Este ano pretendo mudar um pouco a rotina deste blog.

Vou tentar escrever sobre todas as pescarias que fizer, tendo sucesso ou não.

Para muitos que estão começando ou gostariam de um parâmetro para suas pescarias, talvez eu possa ajudar desta forma, descrevendo sobre elas, assim como, em que região, tipos de isca, peixes, material utilizado.

Obrigado a todos que acompanham este blog!

Porto de Nagoya

Ontem, na companhia do amigo Makoto, partimos para o Porto de Nagoya em busca do primeiro peixe.

Com a maré começando a descer, iniciamos a pescaria.

Com uma rolling bait, o Makoto, sentiu a primeira batida.

Talvez um seigo, pela cutucada.

E assim seguiu por mais 3 vezes, sem conseguir fisgar.

Depois de um longo rodizio de iscas, meu primeiro peixe foi um seigo que escapou a poucos metros de mim.

Estava usando a isca de silicone Alcary da Coreman.

A todo instante, era possível sentir pequenos cutucões.

Seigos por toda a parte.

Depois de duas horas e nenhum peixe, mudamos de local.

As batidas eram sempre de seigos, provavelmente muito pequenos a ponto de não conseguirem engolir o anzol.

Variamos as iscas entre 7 a 9 centímetros.

Assim disse o Makoto:- Quanto maior a isca, maior o peixe!

Depois de muito insistir e com direito a robalinhos escapando a toda hora, meu companheiro conseguiu tirar um seigo.

A poucas horas antes da mare descer completamente, mudamos de local novamente.

Neste ponto nada, apesar de haver bem mais pescadores.

Durante as horas que se sucederam, nenhuma ação.

A mare chegou ao seu ponto mais baixo e resolvemos ir embora.

O meu primeiro peixe ainda não saiu.

Quem sabe na próxima pescaria!!!