quinta-feira, 28 de junho de 2012

Toyokawa Black Bass

A minha primeira experiência com isca artificial foi aqui no Japão, tentando capturar um black bass. Ainda me lembro que meu irmão e eu compramos cada um, uma isca da rapala modelo Countdown ou como os japoneses chamam, Rapala CD. A minha era azul e a do meu irmão  marron. Na realidade, meu primeiro black saiu somente alguns meses depois, por insistência talvez. 
De todos os peixes que pesquei com iscas artificiais, o black bass e o robalo, são os que considero como os mais difíceis de se capturar. Geralmente são manhosos e basicamente é preciso ter em mente que somente atacarão as iscas por dois motivos: fome ou irritação. Desse ponto de vista, a escolha da isca deverá ser para saciar a fome do peixe predador, utilizando iscas de borracha, meia-agua, etc., ou tentar irrita-lo, utilizando iscas com hélices, ou que vibrem ou que possuam caixa de ratlin(esferas soltas dentro da isca).

 Tsuyu - É assim que chama a época de chuvas no Japão. Com água caindo com muita frequência, os lagos se enchem e os peixes se tornam mais ativos. É quando se torna mais prazeroso a pesca de black bass. Em Toyokawa existem alguns lagos em que busco um pouco de diversão. 


A principio tentei com uma Daiwa T.D. sem muito sucesso. 
Porém, ao trocar pela Shimano de barbela longa, ação no primeiro arremesso.

  Black bass em Toyokawa.

Como a estação é de chuva, ela não tardou a vir e tive que abandonar a pescaria. Ainda bem que a sorte me ajudou e consegui fisgar um belo exemplar de 40cm.

sábado, 16 de junho de 2012

Porto de Tahara (Katahama Port)

Este é um lugar conhecido pelos brasileiros, principalmente por aqueles que ja trabalharam na fabrica da Futaba. O porto de Tahara ou Katahama koh como é chamado o local, é dotado de uma extensa plataforma e local de proliferação de muitos peixes e moluscos marinhos. Assim como Toyokawa Rinkai Kouen, esta situado na baia de Mikawa.  

Novamente fui atrás de sabas, que este ano se mostrou uma pescaria muito divertida e agitada, com ações o tempo todo, um grande numero de rebojos e apesar do pequeno tamanho, é um peixe muito arisco e que consegue facilmente se desvencilhar do anzol. Desta vez, fui ao entardecer e pelo grande numero de alevinos passeando pelo local, não demorou muito até os rebojos acontecerem. Um, dois, três arremessos foram precisos até que acontecesse a primeira ação e o primeiro peixe. 


 Porém, a grande surpresa estaria por vir, quando um companheiro de pesca, em sua primeira tentativa com isca artificial, fisgou uma lula (em japones, chama-se Ika). Assustado com o molusco marinho, indagando sobre que animal seria, ou melhor, se era comestivel ou não, lhe disse que sim, uma vez que os japoneses apreciam bastante uma lula. 


Foi quando olhamos ao redor e percebemos que os pescadores ali presentes, estavam atrás das lulas. Minutos depois fisguei minha primeira lula, do tipo Hi-ika, que os japoneses apreciam muito, pelo fato de ser pequeno e possuir uma carne macia e saborosa.  
 Sem estarmos preparados para este tipo de pesca, o jeito foi tentar outros tipos de isca e a Ice Jig da Rapala demonstrou-se eficaz, assim como o metal jig.


Depois de um dia cansativo e estressante, nada melhor que pegar uns peixinhos ou mesmo umas lulinhas...

sábado, 9 de junho de 2012

Alguns peixes capturados em maio

Um pouco antes de ir atrás dos sabas, fisguei alguns peixes em maio que talvez nem todos conheçam.

Sayori, 13/maio/2012. 02:58hs. 
Conhecido pelos brasileiros como agulhinha, este é um peixe que na primaveira atinge seu tamanho máximo, uns 30cm. Apesar de ser muito raro entrar na isca artificial, talvez pela grande quantidade, fisguei vários em dias diferentes.

 Darts, 26/maio/2012. 21:17hs.
Apesar da semelhança com a agulhinha, o Darts ultrapassa os 30cm, como o da foto, que deveria ter entre 70cm a 80cm. É preciso cuidado quando fisga-lo, pois, possui dentição afiada e um bico fino e duro que pode causar sérios ferimentos. Em Hamanako, muitos pescadores utilizam roupas de borracha para pescar dentro d'agua e é necessário um cuidado a parte quando capturar este peixe. 

チェストハイ フェルト ウェーダー X'SELLComentando um pouco mais sobre a ultilização e os cuidados com a roupa de borracha, a principio, é preciso ter em mente o uso adequado de qualquer equipamento. Não raramente, vejo pessoas utilizarem a roupa sem o uso de colete salva-vidas. Muitas vezes, o que pode parecer proteção acaba por deixa-lo sem o minimo de segurança. O uso da roupa em conjunto com o colete é essencial, pois, se você tropeçar dentro da água e cair sem estar com o colete, a tendencia do ar que esta dentro da roupa é ir para os pés, ou seja, seus pés estarão flutuando enquanto o resto do seu corpo estará submerso. Este é um dos motivos que o uso em conjunto se faz necessário. Em relação a  utilização,  quando entrar na água, o básico é andar arrastando os pés, evitando assim, pisar encima de uma arraia e ser ferido com o ferrão. Andar desta forma, provavelmente, assustará o animal e evitará qualquer tipo de contato.


Kibire, 17/maio/2012. 21:36hs.

Kibire, 26/maio/2012. 21:45hs. 

Com a chegada da primavera, começa a temporada de pesca do kibire. Diferente do kurodai que pode ultrapassar 70cm, o kibire atinge apenas um pouco mais de 50cm, porém, o suficiente para proporcionar uma boa briga. Se diferencia pela cor mais prateada e detalhes amarelados nas pontas das nadadeiras.



sábado, 2 de junho de 2012

Pescaria de Saba em Toyokawa


Esta semana fui até Toyokawa Rinkai Kouen. É um lugar muito conhecido pelos brasileiros, apesar de poucos saberem realmente o nome certo deste lugar. Muitos conhecem por Mito-cho, Gamagori, alguns conhecem como o local atrás das fabricas da Minolta ou Nikon. É um local de grande variedade de peixes, principalmente para os pescadores que gostam da modalidade pesca de espera, com iscas vivas, como minhocas, carangueijos e camarões. A pescaria varia o ano inteiro, e conforme a estação há a incidencia maior de uma ou outra espécie. Os tipos mais comuns são as agulhinhas, sabas, sardinhas, porquinhos, kissus, kurodai, tainhas, mebarus, robalos. Com a fartura de peixes neste local, não é raro ver especies de golfinhos(os japoneses chamam de sunameri, para mim, mais parecido com boto) se alimentando sob o olhar curioso dos pescadores.



Equipado com jig de metal de 5 a 7 gramas e algumas minhocas de borracha, vara de black bass de 6 pés, molinete Shimano 2500, a diversão começou no primeiro arremesso com jig. Trabalhando sempre a ponta da vara, gerando movimentos variados no jig, o primeiro peixe, um saba! Rebojos na flor d'agua, davam a dimensão do cardume de sabas circulando e se deliciando com as pequenas presas, facilitando a pesca com isca artificial.  Depois de alguns peixes, hora de tentar outros tipos de isca.



Desta vez então optei por uma isca de borracha, acoplado a um anzol com chumbo de 2,5gramas. Após alguns arremessos e variando o trabalho com a vara ate descobrir como tornar a isca mais atraente, voltei a pegar mais sabas. Muitas vezes é interessante a rotatividade de iscas artificiais, uma vez que a mesma pode perder sua atratividade.


O saba é um peixe muito parecido com a sardinha, de ótimo sabor.